Seguindo com a nossa viagem por Barcelona, hoje estou aqui para compartilhar as minhas impressões sobre o Parque Güell, um dos lugares mais visitados na cidade de Barcelona que reúne algumas das obras mais importantes do arquiteto modernista Antoni Gaudí.
Se você está planejando uma viagem para Barcelona, então recomendo muito que você dê um pulinho nos outros posts dessa série de matérias sobre a capital da Catalunha. Para facilitar, deixo logo a seguir o link para as principais matérias que já foram publicadas aqui sobre este destino:
- Sagrada Família em Barcelona: dicas sobre a maior obra-prima de Gaudí
- O que fazer em Barcelona Espanha: dicas e sugestões
Índice desta matéria
O que é o Parque Güell
Então primeiras coisas primeiro né!? O que é o Parque Güell, como funciona essa atração e por que é um dos lugares mais importantes para serem visitados em Barcelona, vamos lá!
O Parque Güell é um dos maiores parques urbanos com edificações arquitetônicas modernistas realmente espetaculares que está localizado no bairro de Gràcia em Barcelona. Este parque foi construído com a intenção de ser destinado a uma melhoria de urbanização do arquiteto Gaudí, uma encomenda de Eusebi Güell.
Foi construído entre 1900 e 1914, mas não foi um sucesso logo de imediato, acabou sendo vendido ao município de Barcelona 8 anos mais tarde. Foi inaugurado como um parque público em 1956. Entretanto 13 anos mais tarde, em 1969, a UNESCO classificou-o como um Monumento Histórico Artístico de Espanha e mais tarde no ano de 1984 foi tombado como Patrimônio Histórico da Humanidade.
No ambiente onde o parque foi construído existe uma casa que funcionou como residência de Gaudí por cerca de 20 anos. Hoje este lugar é a Casa-Museu Gaudí, que reúne alguns dos principais objetos pessoais e obras do famoso arquiteto catalão em seu acervo.
A concepção inicial do Parque Güell resumia-se a basicamente uma área organizada na qual seriam construídas residências de luxo em um ambiente de exuberância natural incrível.
A ideia era aplicar o melhor que existia na época com relação a acabamentos de alta qualidade artística. É notório perceber que as intenções de Gaudí e Güell com este parque seria oferecer um refúgio a um seleto público de alta classe, como figuras de alta influência política, religiosa e econômica.
Como visitar o Parque Güell
Primeira coisa: comprar o ingresso na internet e reservar sua hora de conhecer o parque. Não me vá visitar esse lugar sem o ingresso na mão pois você vai levar um “chá de cadeira” kkk
As filas são gigantescas e o preço do ingresso na internet é igual ao da bilheteria. A única vantagem de ter o ingresso adquirido pela internet é contar com a facilidade de poder agendar o momento exato da sua visita. E pode acreditar em mim: vale a pena ser pontual e chegar na hora marcada, você não vai esperar sequer 5 minutos na fila.
Para conseguir chegar no Parque Güell o viajante pode contar com 4 alternativas básicas: metrô, ônibus coletivo, táxi ou UberX/Cabify. O que eu não recomendo de forma alguma é ir de carro, desde que o estacionamento nas redondezas pode ser bem complicado (e oneroso por suposto!)
Se você quiser ir de táxi, pode ser a forma mais rápida e prática, porém tudo vem com um preço né, pode ser a forma mais cara também pra chegar até o Parque. Se você pegar o táxi nos arredores da Praça Catalunya pode ser que o valor da corrida ultrapasse os 15 euros (você vai gastar em média uns 20 minutos para chegar até lá).
Quem opta pelo transporte público coletivo da cidade vai acabar pagando menos mas precisa entender a logística deste meio de locomoção. Você pode usar muitas linhas de ônibus, as que deixam você mais perto são: 24 – 31 – 32 – H6 – 92 – Bus del barri 112. O valor do deslocamento de coletivo é de € 2,15 por cada trecho e por pessoa.
Se a sua alternativa é o metrô então fica ainda mais fácil. Basta pegar a linha L3 e descer na estação Lesseps. Depois disso é só seguir as placas turísticas que indicam o caminho para o Parque, que fica localizado a cerca de 1 quilômetro e meio desta estação. Neste caso o visitante vai gastar 2,5 euros por trecho para chegar até o Parque Güell de metrô.
Existe ainda um ônibus gratuito (Bus Güell) conectando o Parque Güell à estação subterrânea Alfons X (L4). O ônibus costuma levar 15 minutos da estação de metrô até a entrada do Parque Güell, levando o mesmo tempo no retorno do parque ao metrô.
Logo ao sair da estação é possível encontrar uma parada de ônibus de cor azul ao lado da estação do metrô. Aí basta esperar alguns minutos para conseguir pegar o próximo coletivo. Mesmo sendo grátis é preciso fazer uma reserva para obter o ingresso que dá acesso ao deslocamento, para isso é só você clicar aqui e fazer sua reserva direto no site oficial.
Explorando o que há de melhor no Parque Güell
Aproveitei a oportunidade para conhecer o Parque Güell com tempo de sobra, você vai ver pelas fotos que existem lugares onde é possível ficar horas contemplando os detalhes incríveis de toda a arquitetura envolta nas principais edificações do recinto.
Logo ao entrar no parque pelos portões principais, passamos pela grande escadaria (que é a última foto do post) e chegamos até uma grande área que contém cerca de 86 colunas. Este lugar é DEMAIS! Eu gastei horas para conseguir “cadastrar” e “processar” todos os detalhes que encontrei na arquitetura do ambiente.
Repare na foto anterior os detalhes do teto desta área, é composto por cacos frágeis, brancos mas que não estão dispostos em qualquer ordem aleatória. A riqueza de detalhes é de fato impressionante.
Fico imaginando meus amigos(as) engenheiros(as), ou arquitetos(as), como ficariam boquiabertos ao visitar um lugar tão rico em detalhes arquitetônicos quanto este.
Sem contar que essa estrutura “segura” uma gigantesca praça aberta ao ar livre sem cobertura que conta com algumas das vistas e paisagens mais espetaculares para fotos no Parque Güell. Dali é possível contemplar a beleza do mar mediterrâneo preenchendo o plano de fundo esplendoroso da capital catalã.
Agora você pensa que essas colunas só serviam como base de sustentação para a praça que tem logo acima delas?! Mero engano! A engenharia revolucionária para o tempo em que foi projetada também garantia que toda a água da chuva coletada na praça superior fosse filtrada e transportada por drenos no meio das colunas que levam a água até um enorme reservatório localizado debaixo da grande área.
Na parte de cima da grande área existe uma praça construída com areia que possui um banco muito famoso, em forma de cobra, completamente revestido por cacos. Se você é um amante da natureza e apaixonado por arquitetura modernista então este é o passeio que você não pode deixar de fora do seu itinerário em Barcelona.
Estas construções que pode ver na foto anterior e na próxima estão localizadas bem na entrada principal do Parque, aqui estão uma loja de presentes, uma loja para vender passeios guiados e um bar. Antigamente estas edificações eram utilizadas para realizar a administração da cidade jardim (portaria, administração e manutenção do recinto).
A seguir você conseguirá contemplar maiores detalhes dos telhados, veja que eles são todos cobertos por pequenos cacos moldados para formar estruturas visuais de cair o queixo!
No meio do parque também existem vários jardins e caminhos pelos quais é possível caminhar e contemplar a natureza e as paisagens obtidas ao longo do percurso.
Em média eu fiquei dentro do Parque Güell por umas 4 horas. Eu fiz um passeio super lento de contemplação, então em boa parte das principais edificações eu gastava cerca de 30 a 45 minutos fazendo contemplação, registros fotográficos e estudando um pouco sobre a história de cada obra de arte.
Mas eu sempre era pego de surpresa pela beleza e imponência das edificações externas ao Parque. Quase sempre era possível ver o contraste do modernismo catalão com a engenharia do século 21, assim como você consegue também distinguir pela foto que vem logo a seguir:
Gaudí também criou viadutos inteiros ao redor do parque. Estes possuem largura o suficiente para passar carruagens. O lugar que você contempla na foto a seguir é o chamado Viaduto do Plantador, que atravessa todo o parque de leste a oeste.
Construído em estilo romano (mas você também vai encontrar alguns viadutos em estilo barroco), o lugar é sensacional para fazer registros fotográficos no parque. O grande barato do lugar é a exuberância da natureza. A todo momento é possível sentir que estamos na realidade caminhando em meio a um jardim repleto de paisagens e obras arquitetônicas memoráveis.
Qual o melhor horário para fazer o passeio!?
Eu acredito que acertei ao visitar este Parque pela manhã. Além de ter aproveitado a melhor luz do dia, consegui fazer registros fotográficos espetaculares. Eu cheguei bem cedinho hein, marquei minha visita no site ao comprar o ingresso para as 9 da manhã e estava lá pontualmente no horário marcado.
Outra sugestão de horário interessante para fazer esse tour seria na parte da tarde, chegando por volta das 15 e aproveitando para ficar até o momento de contemplar o pôr do sol. Apesar de ter horário marcado para chegar, não vi nenhuma pressão pelo horário de sair, então cada um fica o tanto de tempo que julgar necessário. Vi gente levando até almoço e parecendo que iriam aproveitar o dia inteiro no parque 🙂
Concluindo
Fala sério! Que lugar hein! Curtiu?! Já visitou?! Então segue rolando a tela e deixa um comentário na caixa que vem logo a seguir para compartilhar um pouco das suas impressões comigo, vai ser um grande prazer continuar conversando com você sobre esse maravilhoso destino turístico em Barcelona. Abração e até a próxima!