Depois de acumular excelentes experiências com dois dias completos na Ilha de San Andrés, era hora de partir para um novo destino. Eu já havia obtido primeiras impressões excelentes sobre esta ilha; também já tinha mergulhado com a equipe do Banda Dive Shop, experimentado iguarias distintas, feito mergulho livre com snorkel até o Barco Hundido, roletado várias vezes pela ilha em uma scooter, pulado de trampolim em West View, fazendo amigos em La Piscinita e apreciado a bela vista de Rocky Cay e seu barco encalhado. Era hora de mais emoção em um novo destino, era hora de partir para a Ilha de Providência. Só que antes disso, a galera do Blue Almond Hostel me convidou para dar um rolézinho na noite de San Andrés…
Farra com os amigos do Hostel Blue Almond em San Andrés
Antes de ir para essa noitada com o Juan e sua turma, eu fiz questão de conhecer algumas cervejas importadas que são vendidas pelas ruas de San Andrés. Por ser uma ilha livre de impostos locais (Ak. Duty Free!), existem várias lojas que revendem bebidas locais e também as importadas. Eu gosto muito de apreciar novos paladares e antes de sair para encontrar com os novos amigos islenhos, fiz questão de caminhar sem rumos degustando cervejas que iam de 7,9 a 20% de teor alcoolico. Meu Graaaande ERRO! Na manhã seguinte eu estaria pegando o catamarã Sensation rumo a Providência – são 4 horas chacoalhando no meio do mar caribenho, algo que você definitivamente não vai gostar de fazer ressaqueado!
Não pensei muito na possibilidade de marinar, e fiz a farra junto com os amigos sem me preocupar com o dia seguinte – de cervejas ao coco loko – tudo foi parar no meu organismo e quando demos por conta já eram 3 da manhã! Uns goles a mais e partimos de volta pro hostel – eu fiz questão de avisar a eles que teria que levantar às 6 da manhã para pegar o barco – eles cairam na risada! Falaram que eu estava literalmente F*DIDO! Eu iria vomitar a alma! Enfim, eu pulei essa parte e fui direto para a cama com as duas horas que ainda tinha restante até às 6 da matina, horário que eu deveria estar partindo rumo ao local de onde parte o catamarã, bem no centrão de San Andrés.
Havia locado a scooter para ficar de um dia para o outro e combinei com o locatário que deixaria a motoquinha ainda pela manhã, muito cedo, estacionadinha em frente ao negócio dele e entregaria a chave ao segurança para enfim partir para Providência – foi excelente pois eu não teria que caminhar ou me preocupar com pegar um taxi, a minha cabeça estava gigantesca, porém não senti tantos efeitos da ressaca (será que é por conta da qualidade das cervejas?!) – eu ainda corria o risco de não conseguir viajar, pois as vagas são limitadas e no dia anterior não havia conseguido comprar meu ticket, mas tudo deu certo no final e acabei embarcando na viagem mais tensa que havia vivenciado até então…
Catamarã rumo a Providência no dia seguinte
Não é que subestimei a força das ondas no meio do mar do Caribe, tampouco fiz pouco caso dos relatos que havia lido antes de embarcar na internet sobre esta viagem, fato é que não poderia deixar de viver aquela farra com os amigos – era uma espécie de bota-fora meu, eles queriam tomar umas e trocar idéias, e de quebra me apresentar a alguns pubs da Ilha de San Andrés. De fato eu não estava tão consciente do tanto que chacoalha o navio quando rompe mar afora rumo a Providência. Fiquei por 4 horas com minha visão fixa ao horizonte, mais especificamente olhando para as nuvens no céu, pois eram as únicas que não acompanhavam o chacoalhar do mar caribenho, um tanto quanto revolto, desde que íamos contra as ondas – no vídeo a seguir é possível compreender um pouco do que estou falando…
Marinando no Sensation rumo a Providência
Não é uma brincadeira para crianças, definitivamente não! Haviam momentos em que parecíamos voar sob as ondas, em outros acompanhávamos o ritmo do oceano em subidas e descidas constantes, curtas e de impactos realmente muito fortes – em certos momentos era possível escutar até mesmo o barulho de pancadas no metal, resultado do forte impacto das ondas contra a carcaça da embarcação. Tudo isso misturado com uma noite de bebidas e pouco sono me proporcionou momentos de aperto ali naquele catamarã – foi complicado manter o que eu tinha no estômago, mas como missão dada é missão cumprida, não marinei e consegui chegar muito bem a Providência, diferente de várias outras pessoas, que vomitaram do começo ao fim da viagem.
Marinando no catamarã Sensation
Acho que o rapaz da foto anterior não teria coragem de voltar com o catamarã novamente, né não? Desde que o preço do voo entre as ilhas é basicamente o dobro do praticado via embarcação, acredito que para os mais sensíveis seja algo que realmente devam considerar no orçamento, caso desejem conhecer a belíssima ilha de Old Providence. Nas próximas matérias desta série, vocês vão conferir de perto a intensidade do fundo do oceano caribenho que banha Providência e bastante atividade em relatos sobre mergulhos, caminhadas na floresta, voltas na ilha, belíssimas praias, mergulho livre e muito mais!
Oi Luiz, vc ficou hospedado por onde em Providencia e qual o melhor lugar por lá e não muito caro? Sabe dizer?